Prefeitura do Cabo cria abrigo provisório para mulheres vítimas de violência doméstica
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30/04/2025
A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho ampliou os serviços da rede de acolhimento oferecidos pela Secretaria Executiva da Mulher, com a criação de um abrigo provisório. O espaço é destinado às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que estejam em situação de risco iminente de morte.
A principal função do abrigo é oferecer um local seguro para as vítimas e seus filhos, até que seja possível a transferência para a Casa Abrigo do Governo Estadual. “Antes, as mulheres precisavam aguardar por horas na delegacia até a finalização dos trâmites de transferência”, declarou a secretária da Mulher do Cabo, Aline Melo.
“Sabemos que a violência contra a mulher é uma triste realidade que ainda persiste em nossa sociedade, e que, muitas vezes, a ausência de um local seguro impede que essas mulheres rompam o ciclo do abuso. Este abrigo surge como uma resposta emergencial e necessária, oferecendo proteção, acolhimento e assistência social, psicológica e jurídica a quem mais precisa”, afirmou o prefeito Lula Cabral.
O local do abrigo provisório é mantido em sigilo para garantir a segurança das mulheres acolhidas. O tempo de permanência é de até 48 horas. O espaço conta com camas, berço, brinquedos, além de fornecer roupas, alimentação e materiais de higiene. Durante a estadia, a segurança é garantida pela Patrulha Maria da Penha, e a Secretaria disponibiliza uma equipe composta por psicóloga e assistente social para prestar apoio às vítimas.
“A ideia foi criar um ambiente acolhedor, onde o local de espera ofereça condições dignas para quem enfrenta esse momento difícil”, acrescentou a secretária. A primeira vítima a utilizar o abrigo provisório do Cabo foi de Recife.
De janeiro até meados de abril deste ano, apenas dois casos de feminicídio foram registrados no Cabo de Santo Agostinho. “Nossa rede de apoio — que inclui os Centros de Referência Maria Purcina e Eudina Sobral, o programa Justiceiras, além das ações preventivas e educativas — tem contribuído para a mudança desse cenário no município”, pontuou Aline Melo.
Por Ana Cristina Lima