Cabo adere ao projeto “Banco Vermelho” no combate à violência contra a mulher
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25/08/2025
Um banco gigante e vermelho agora chama a atenção de quem passa pela Praça da Estação, no Cabo de Santo Agostinho. A iniciativa faz parte do projeto “Banco Vermelho”, trazido ao município pela Secretaria Executiva da Mulher em parceria com o Instituto Banco Vermelho, com o objetivo de conscientizar a população sobre a violência contra a mulher e o feminicídio.
O Instituto Banco Vermelho é uma organização sem fins lucrativos criada em 2023 por Andréa Rodrigues e Paula Limongi, após a perda de duas amigas vítimas de feminicídio. Desde então, o projeto percorre diversas cidades, sempre instalando bancos em locais de grande circulação para alcançar o maior número de pessoas com informação sobre a preservação da vida feminina e o direito das mulheres de viver em ambientes seguros.
A cor do banco, além de se destacar no espaço público, carrega um grande significado: representa tanto o sangue derramado por vítimas de feminicídio quanto o alerta de “pare” do sinal de trânsito que serve como alerta. A proposta é que, em um espaço democrático como a praça, qualquer pessoa possa sentar e refletir sobre o problema que chama à ação na frase estampada no banco: “Sentar e refletir. Levantar e agir.”
“Nossa cidade deu um passo importante na criação da Secretaria da Mulher e ao fortalecer diariamente temas como este, investindo no empoderamento feminino por meio de ações efetivas. Esse esforço já apresenta resultados positivos”, disse o prefeito Lula Cabral. Ele se referiu aos números que reforçam o trabalho desenvolvido no Cabo. O município registra mais de 180 dias sem feminicídio, e cerca de duas mil mulheres vítimas de violência doméstica estão em acompanhamento pela Secretaria da Mulher.
Para a secretária executiva da mulher, Aline Melo, o banco traduz a grandeza da causa. “Quando nós comparamos os números, entendemos que a celebração de fato precisa ser feita, porque as denúncias continuam acontecendo, as intervenções estão sendo efetivas e graças às políticas públicas que têm sido implementadas no nosso município, nós podemos salvar vidas e seguir garantindo esse número tão significativo sem feminicídio,” destacou.
Por Ana Carolina Gomes