No Cabo, programa leva conscientização do Setembro Amarelo à comunidade escolar

O Programa Florescer, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação do Cabo de Santo Agostinho, iniciou nessa quarta-feira (17) uma programação especial voltada à campanha nacional de prevenção ao suicídio Setembro Amarelo. A primeira atividade foi realizada na Escola Municipal Padre Antônio Melo Costa, na Charneca, para estudantes do EJAI (Educação de Jovens, Adultos e Idosos).

Na ocasião, a psicóloga responsável pelo programa, Elizelândia Santos, ministrou uma palestra sobre a temática e fez dinâmicas com os alunos e professores presentes. “Nosso objetivo é sensibilizar toda a comunidade escolar sobre o Setembro Amarelo, pois sabemos que muitas pessoas sofrem em silêncio. Então trazemos a importância dessa campanha para os alunos, como eles podem ajudar um ao outro, como a escola pode ser também um espaço de apoio e escuta, e como todos nós podemos ajudar, ouvindo sem julgar, acolhendo, oferecendo companhia”, explicou.

Os alunos aprovaram a iniciativa. “Eu gostei muito desse momento. Na minha época de criança eu não pude estudar porque tive que trabalhar, e agora estou tendo oportunidade de ter todo esse conhecimento”, comentou o aluno José Miguel, 68 anos. Outras escolas receberão as atividades do Florescer este mês, com palestras voltadas para os pais e responsáveis, para alunos de modalidades diversas e ainda para profissionais da Educação.

PROGRAMA FLORESCER – É um programa de Psicologia Escolar da Secretaria de Educação do Cabo com foco na cultura de paz nas escolas e no desenvolvimento da autonomia e identidade de crianças e adolescentes. Através de práticas de mediação de conflitos, rodas de conversa, escuta ativa e dinâmicas sobre saúde mental, o programa atua diretamente com estudantes, professores, gestores e a equipe técnica da secretaria.

Seus principais objetivos são: promover relações saudáveis no ambiente escolar; apoiar o bem-estar emocional da comunidade escolar; estimular o protagonismo e a escuta das infâncias e adolescências; e integrar ações da psicologia às políticas públicas de educação. Mais do que intervir em situações críticas, o Florescer se propõe a cultivar uma escola que acolhe, escuta e transforma, fazendo do cuidado emocional parte do processo de ensino e aprendizagem.

Por Raíza Muniz